no meu quarto
nada no meu quarto resiste.
à negra podridão,
que o meu coração emana.
tudo o que é vivo.
morre.
no meu quarto a luz não entra.
porque eu sou a cortina
que protege todo o meu mundo.
as plantas,
apodrecem
numa nuvem negra
e libertam o cheiro ameno
da potrefacção.
no meu quarto
só eu sobrevivo.
só eu vivo e renasço.
todos os dias.
embalada pelo silêncio
aromatizado pela escuridão.
a decadencia veio,
dá-me um beijo de boa noite.
e assim continuo.
morta.
no meu quarto.
onde nada vive.
apenas eu. e a solidão empedrada.
à negra podridão,
que o meu coração emana.
tudo o que é vivo.
morre.
no meu quarto a luz não entra.
porque eu sou a cortina
que protege todo o meu mundo.
as plantas,
apodrecem
numa nuvem negra
e libertam o cheiro ameno
da potrefacção.
no meu quarto
só eu sobrevivo.
só eu vivo e renasço.
todos os dias.
embalada pelo silêncio
aromatizado pela escuridão.
a decadencia veio,
dá-me um beijo de boa noite.
e assim continuo.
morta.
no meu quarto.
onde nada vive.
apenas eu. e a solidão empedrada.
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