Domingo, Segunda e talvez Sexta
As lágrimas escorrem-me pela face.
Vêm dos meus olhos castanhos. Miupes.
Espremidas do meu peito, que já muito sentiu.
Não as limpo. Caiem. No chão. E atravessando quilómetros tocam-te. Tocam-te.
Guio-as. Directas e rápidas ao teu coração.
Tu sentes. Eu sinto. Ambos sentimos.
As lágrimas secam. Já são suficientes para te tocar.
Deixa-as secar no teu corpo. Entranhar. Espetar.
Correm nas tuas veias, salgam-te a língua que me abraça. A língua, o peito, os braços. Tudo me comprime. Me condiciona a uma caixa. Um cubo. Onde as arestas me espetam.
Abres a caixa e tudo passa. Os meus olhos castanhos. Miupes. Olham-te. Beijam-te.
A saudade foi-se.
Até à próxima partida.
Mas eu posso esperar.
Eu vou esperar.
Vêm dos meus olhos castanhos. Miupes.
Espremidas do meu peito, que já muito sentiu.
Não as limpo. Caiem. No chão. E atravessando quilómetros tocam-te. Tocam-te.
Guio-as. Directas e rápidas ao teu coração.
Tu sentes. Eu sinto. Ambos sentimos.
As lágrimas secam. Já são suficientes para te tocar.
Deixa-as secar no teu corpo. Entranhar. Espetar.
Correm nas tuas veias, salgam-te a língua que me abraça. A língua, o peito, os braços. Tudo me comprime. Me condiciona a uma caixa. Um cubo. Onde as arestas me espetam.
Abres a caixa e tudo passa. Os meus olhos castanhos. Miupes. Olham-te. Beijam-te.
A saudade foi-se.
Até à próxima partida.
Mas eu posso esperar.
Eu vou esperar.