Acordar
Hoje acordei com sangue no lábio.
Pensei em ti.
A música acompanhou o ritmo da minha língua.
Pensei, logo pela manhã.
"Tem calma irmão, que a morte está aqui para todos nós."
Será o sangue o princípio do meu fim.
Cortarei todas as tábuas do meu caixão.
Pretas,
perfeitamente medidas.
Quando eu morrer é só encaixá-las.
E forrar o interior com um grande lençol de seda.
Branco.
Quero levar um vestido preto.
Cintado.
E os pés descalços.
Tantos pedidos, a quem os faço eu?
Morrerei numa vala comum.
Na quarta Guerra Mundial.
A guerra pelo sangue que me corre nas veias e me escorre no lábio, na pele.
Morrerei branca.
Sou egoísta.
Beberei todo o meu sangue, até à ultima gota.
Um suspiro, uma vala, um punhado de terra.
O que virá depois?
Pensei em ti.
A música acompanhou o ritmo da minha língua.
Pensei, logo pela manhã.
"Tem calma irmão, que a morte está aqui para todos nós."
Será o sangue o princípio do meu fim.
Cortarei todas as tábuas do meu caixão.
Pretas,
perfeitamente medidas.
Quando eu morrer é só encaixá-las.
E forrar o interior com um grande lençol de seda.
Branco.
Quero levar um vestido preto.
Cintado.
E os pés descalços.
Tantos pedidos, a quem os faço eu?
Morrerei numa vala comum.
Na quarta Guerra Mundial.
A guerra pelo sangue que me corre nas veias e me escorre no lábio, na pele.
Morrerei branca.
Sou egoísta.
Beberei todo o meu sangue, até à ultima gota.
Um suspiro, uma vala, um punhado de terra.
O que virá depois?